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O poema animado
Livre arbítrio (
ma non troppo
)
Tantas coisas me escravizam
Tantas prisões me são próprias
Lições repetem-se ao infinito
Sem que lhes aprenda a lógica
Este corpo que escravizo
Este par de mãos que boto fora
Botas com que afundo na memória
Lapsos que me desautorizam
No entanto, penso, a prisão é livre
Tão quão prisioneiro é o mundo
O que pensamos conforma o que se vive
A verdadeira liberdade é um intuito
Uma intenção, um fim, um destino mudo
Cumprido à risca - por mais que curto
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