Soneto sem nome
A mossa do meu corpo na cama
A moça do meu sonho na lama
A coça no meu lombo alquebrado
A troça do meu jeito antiquado
O fato de não ter um abrigo
O ato de morrer pra viver
O pato quer no cisne um amigo
O mato quer no chão florescer
A poça rouba a lua da noite
A fossa enterra os sonhos não-ditos
A fuça fuça o chão dos segredos
A lata guarda ungüento aos açoites
A mata mata um homem de medo

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