Abhyanga

(para Fernanda)

O diálogo de suas mãos com meu corpo
Como o fogo e a terra
Como a brisa e o mar
Faz-me contemplar a harmonia
Entre forças opostas
Como movimento e repouso
Como silêncio e som
Sinto-me docemente varrido por um vento cósmico
Que cruza infinitas galáxias
À superfície da pele
Enquanto germinam supernovas nas profundezas do ser
Como luzes e trevas
Como princípio e fim
Suas mãos e meu corpo se alternam no ciclo eterno
De fazimento e desfazimento de tudo...

Compreendo, num átimo, a natureza deste diálogo e relação
Sua missão, enfim
Deixo a sessão desfeito e refeito
Alegre e satisfeito
A cantar mais próximo de mim


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