Flor de outono
tuas palavras poucas, farpas na boca
fazem-me padecer do mal de parecer
o que não sou
trazem-me um amor maldito
escrito em páginas de dor
um amor aflito por não saber
que é amor
tuas palavras rotas, rotas marotas
tentam-me despistar de um bem
que a ti convém silenciar
tornam teu amor bandido
perdido em páginas sem par
um amor a título de ser amor
sem ser amar
teu azedume
teu azeviche
os teus queixumes
os teus pastiches
dão-me a perceber
da treva o lume
da lua o piche
da terra o cume
de onde viste
o teu ciúme em meu outono
sonhar o crime de teu perfume
em meu quimono

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