Anônimo

O silêncio com que me gratificas
O amor distante que me dispensas
Uma admiração que descompensa
Meu coração amante das carícias

Eis a paga que recebo por caminhar
Sem rosto, a face oculta na penumbra
Do anonimato; este homem que sou nas sombras
A própria luz toldada ao despertar

Anônimo, diga-se, por me esconder de mim
O mais que posso e pude em tantos anos
Fugido para dentro dos muitos enganos

Que me despistam não só de ti, mas de mim
A ponto de morrer com a noite enluarada
Ignorando, por temor, os raios da alvorada
 


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