O lenço

Guarda no lenço que deixei contigo
As lágrimas do derradeiro encontro
As que verti na dor do desencanto
As que bebeste como teu castigo

Por servir a nós um amar amargo
Farto de morte mesmo nas primícias
Por desmanchares todas as delícias
Com a ausência de quem vive ao largo

Deixa o vento soprar-te uma canção
Ao volante — onde enganas tuas horas
Abraça, pois, tua vida vazia

E ao sentir apertado o coração
Ao lembrar de mim — pega o lenço, e chora
Mas, bebe a lágrima com alegria


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