quando teus olhos faiscam esta raiva benfazeja mais e mais meu corpo te deseja e em paz espero o instante de tocá-la quanto mais distantes os numeros da cabala maior a calma em que repouso tão certo estou de vir a ter teu gozo tão claro está que tu também te matas por não saberes a hora de dobrar teus sinos dia virá que te amarei feito menino feroz, felino - a consagrar teu corpo com as lágrimas quentes de meu desejo torto e tu provarás, então, a mais feliz das raivas por debater-te, impetuosa, em minhas garras enquanto entorno em tua lapa a minha quimica nós dois, por fim, tal qual insenso e ouro e mirra feliz mistura prometida e desejada seremos nós a liberdade tão sonhada que desabrocha no verão de nossa vinha pois sois a uva de uma raposa encabulada que não desdenha teu verdor nem tua ira apenas sonha, com brutal delicadeza a vez de ter-te como a presa mais querida que ao caçador redime da caçada e o devolve à rendição mais esquecida