Aríete

Eu quando quero
Digo — quero!
E quando quero
Eu vou buscar
Se quero e mesmo
Assim desquero
É porque querer
Não pode ser
Mais que amar

Eu quando quero
Digo — quero
Mas, não sou eu que
Quero, é o querer
Que me quer querendo
É a vontade que vem
Falar por mim
Mas, alto lá, que
Aqui no peito bate
Um coração que da
Vida quer a arte
De querer e não-querer
Por parte, mas, inteiro,
Todo e até o fim

Eu quando quero
Digo — quero!
Para que saibam todos
E todos saibam
Que é assim e
Objetem todos os desejos
Que em mim florescem
Como lírio carmim
E digo — quero!
Mas, não quero à força
Nem mesmo à custa
De espelho e pente
Se digo — quero!
Quero-o tão somente
Irresistível como
A veia pulsa
Impublicável quando
O verso mente
 


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