ergui nas areias da contingência o abrigo incerto de meu coração padeço para sempre desta urgência de escorar o vento com minhas mãos em casa de cômodos atulhados perdeu-se de meu peito o coração daqui prali, vivo a tapar buracos que, continuamente, se abrem ao chão o futuro me chega já vencido e vencido com ele o coração por mais que busque construir sentido o sentido escapa-me da razão de tal sorte que aqui, hoje, perdido não sei mais o que fiz do coração