Chafariz
então, não sei com que furor tu te divertes
enamorada dos sentidos - ao acaso
de par em par, de mão em mão - desde o ocaso
até a lua matinal em que te vertes

então, não sei - tua volúpia, tua fome
o mesmo engano repetido muitas vezes
o mesmo amor, a mesma cama e muitos nomes
que tu anotas nos desvagos das paredes

enquanto gozas - chafariz de mil prazeres
todos restritos aos momentos de delírios
tu te entornas pelos homens como rios

que dão ao mar - e dão em nada e dão em tudo
muito que tomas, mas não dás - e sobretudo
teu coração termina sempre mais vazio

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