então, não sei com que furor tu te divertes enamorada dos sentidos - ao acaso de par em par, de mão em mão - desde o ocaso até a lua matinal em que te vertes
então, não sei - tua volúpia, tua fome o mesmo engano repetido muitas vezes o mesmo amor, a mesma cama e muitos nomes que tu anotas nos desvagos das paredes
enquanto gozas - chafariz de mil prazeres todos restritos aos momentos de delírios tu te entornas pelos homens como rios
que dão ao mar - e dão em nada e dão em tudo muito que tomas, mas não dás - e sobretudo teu coração termina sempre mais vazio