Memória das águas
A vida, como um rio
Flui incontinenti para o seu esgotamento
Voam-lhe segundos como estilhaços de uma explosão!
Cacos do tempo, perdido ou vivido,
Igualam-se no estuário mortuário
Que a espera à desembocadura futura,
Um passado já remoto que sempre,
Sempre se antecipa; seu amanhã
Não chega nunca, tudo agora é ontem,
Águas que não podem ser contidas,
Tudo escapa à própria vida,
Fluente e consumada; resta
Ao navegante a empreitada
De dar no mar com suas águas
Revividas.

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