é pele são dentes e um passado inconsistente, [que lateja um corpo em pânico [ que na solidão deseja são palavras ásperas atiradas ao vento com a funda elástica da maledicência pedras que retornam sempre com o tempo bumerangue é o sangue estagnado é a água parada de um convento é o medo do mundo e seu contratempo é a docilidade fingida e o fingimento é a tinta dos cabelos perdida e o seu tingimento é uma dor lacerada, é um dó que dói, um bicho carpinteiro que ao corpo inteiro corrói, é o pó é a ânsia a ganância a ambição desmedida de ser grande ao ser pequeno é o defeito ingênuo da preguiça é o próprio veneno um corpo que cai o medo que vai - crescendo é a lua escarlate do desejo é a inveja é a maldade num lampejo é a refrega afetos partidos memória de imemorial lembrança é o sonho e a sanha é a idéia desesperada, [ que dança é a ânsia é a ânsia sobretudo é a ânsia que num engodo desanda é a perda da esperança precipitação vertigem é a miragem perdida e uma inteligência doída é a loucura, [ que avança é a pressa medonha a tortura tristonha a despedida voz que ricocheteia no eco o mistério da partida é o beco é o beco a fuga sem saída