Preciso da quimera Como o pássaro da primavera Da ilusão preciso Como o palhaço do riso Preciso da fantasia Como a noite precisa do dia Do sonho preciso Para imaginar o impreciso E ser capaz de ser o que preciso Sem necessariamente precisar ao sê-lo A quimera junto à matéria A ilusão ponho no caminhão A fantasia pelo real me guia E, assim, desmonto um a um os meus desejos Ao fim e ao cabo, sou o que sou e não como me vejo Para além de fracassos e erros Vale também o escrito no coração: Ao fundo dos sonhos repousa sempre uma intenção