o homem se diz errado
— estou errado! estou errado...
e errando ele continua
a alma nua
o futuro já passado
o homem se declara culpado
— sou culpado! sou culpado...
e culpado segue adiante
o coração errante
o presente adiado
o homem se confessa inútil
— sou inútil! sou inútil...
e vive as horas, inutilmente
o corpo esquecido do agora
o passado aqui presente