sou, aos poucos, o espectro de mim mesmo uma sombra dissipada no caminho lembrança perdida de uma vida a esmo um louco apenas em seu redemoinho cujos ventos fortes, a rigor, cessaram restando-me tão somente a brisa leve e que embora pelos dias a mim carregue inda assim, leva-me a pressentir que páro, estanco, estaco; mudo, grito em silêncio mas a voz, tão fraca, mal toca o procênio do palco desta vida em que ocupo o fundo onde as luzes mal chegam, apenas que borram a penumbra de que me ergo como barro e, assim, aprendo o que é viver morrendo