teus olhos dizem vem! não temas e eu teimo em não acreditar tua boca grita vem! não fujas e eu finjo não te escutar tuas mãos acenam vem! não percas e eu peco só por duvidar teu corpo fala vem! não negues e eu medro só em pensar que tudo pode ser tudo pode não passar de leve sedução, fome voraz tudo que nos faz buscar no outro o corpo que nos falta a falta que nos faz a paz o pó a paz a paz o pó o pó o pouco mais que suficientes para ser demais
e se fores tu não mais que mais um bote da serpente e eu Adão carente inútil da paixão fugaz no fundo do colchão depois só resta, de repente orvalhos de ilusão desejos beijos nunca mais eu temo eu fujo eu perco eu teimo eu finjo eu peco eu nego a chance de te ter em minhas mãos eu temo eu fujo eu perco eu teimo eu finjo eu peco eu medro teu corpo é meu silêncio e sedição teu corpo, silêncio teu corpo, sedição teu corpo...