vivo no limite da indiferença que é a morte do amor e do cuidado ali esqueço a vocação para o outro ali resulto cínico, na fronteira [de minha própria nulidade vazio de entusiasmo vou ao mundo por mim por minhas faltas e desejos jamais por seu apelo primal e a nostalgia insaciável [de uma vida alegre e sã neste território árido, inóspito [da indiferença valho-me de objetos comprados [e pessoas possuídas para a compensação imediata de vazios múltiplos, no coração [e na alma nunca estou nunca sou nunca dou nunca posso ficar ou receber vivo indo... para onde, não sei porquê, também não tenho apenas esta ânsia [por companhia e por companheira [esta imensa solidão