(À cabocla Moreira)
Sobe o fumo em rolo sob o véu da sala
Fumaça mágica que ao objeto enreda
A lhe prescrever, por fito e fim, a queda
E cobrir odores que o desejo exala
Hirto, o duro ardor daquele homem cresce
Na direção da lua que lá no céu paira
A cabocla cobre-lhe a pequena vara
Com volutas de fumo que lhe desfalecem
Sopra aos ares suas ervas, seus mistérios
A conter sutis arroubos do indivíduo
Lançando, assim, aos confins dos cemitérios
Por extemporâneo, o frescor dos seus sentidos
Cujo manifesto, entregue em silêncio
Relatava algo mais que o concebido