te encontro e meu coração dispara salivo como um cão no cio perco a noção de limites, entregue ao instinto não que me falte ternura, todavia sou pouco mais do que uma máquina de desejar e vamos um ao outro com ímpeto e fúria não que nos falte ternura, contudo é mesmo a carne e sua volúpia o que nos reúne ao fim e ao cabo, porém, do meu gozo já não quero te ter em meu repouso já não sei o que dizer por estares ao meu lado enquanto ainda resfolego e me comprazo pleno por teu corpo tua presença mal se explica - não que me falte ternura é apenas injustificada, insustentável, desmedida então, saio de ti, apressado de volta às vestes dos dias até que um um novo zumbido infra-humano atravesse os meus ouvidos como o aço e essa perda total dos sentidos me atire de volta aos teus braços