Quero ser novo Ando agora sem palavras O homem que reinvento Na curvatura do zênite Nasce do fundo de minha alegria E vem mudo de explicações para o outro Quer apenas um abraço Um beijo tão somente Apenas?! Tão somente?! Este é o homem mais ambicioso E conquistador que poderia inventar em mim O que sonha a simplicidade Roçar o ombro no afago alheio E dar-se sem medida Nem pedidos de recompensa Este o homem saído das trevas [de meu próprio abandono O que salta o muro do isolamento Já não tenho opiniões Já não faço julgamentos Limito-me ao afeto que busco em toda criatura Logo terei partido Logo estarei esquecido Mas, do amor que houver compartido Este perpetuará o sopro efêmero de meus beijos O calor de meus abraços É tudo que realmente posso É o que agora faço