Logro
Muitas vezes, em vão, eu me pergunto
Pela natureza de meu destino
Será que nasci defunto
Ou será que morro menino

Escrever é inútil, pueril, insensato
Parecem grunhir as vozes da realidade
Por que cantar em um mundo de maus tratos
Se padecem os homens de insensibilidade?

Respondo que canto e escrevo para sobreviver
À tentação de vir a ser o outro
Escrevo e canto em contato com o corpo

Sabendo que ele vai morrendo aos poucos
Assim, resisto à tentação de me perder
Na multidão cuja verdade é o logro



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