30 de julho de 2024 às 00:00
Totem pagão
como os opostos se buscam
todo o meu corpo a deseja
vejo-a nos meus braços, tesa
enquanto a maltrato, brusco
escondo um sol que me queima
quando em sombras a mim oculto
à entrega contraponho a teima
à confissão sobreponho o culto
pudesse amá-la e fa-lo-ia
com a força fálica de um totem puro
e o êxtase dormente do transe pagão
ao acariciá-la, aos beijos a afogaria
em seu ventre, por fim, cavaria um fulcro
para beber as lágrimas de seu coração