31 de julho de 2024 às 00:00
Revelação
Entreguei-me à força de inércia
Que puxa o barco a seu redemoinho
Não se trata de eficiência ou inépcia
É apenas um homem entregue ao seu caminho

E o caminho é a mãe da fisionomia
Se o temos e o seguimos, somos mais belos
E a beleza é da vida o elo
Que junta o real à sua fantasia

Entregue ao possível do ser que sou
Realizo o impalpável que trago nas mãos
Arranco penas de sonhos alados

Invento que vôo e vou e... vôo!
Responsável pela paisagem do meu coração
Enxergo na miragem o possível revelado
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