Videoclipes ficcionais

De uma maneira muito espontânea e natural, chegou-se ali ao conceito de videoclipes musicais ficcionais como o formato para retratar minhas canções, pelo simples fato do meu relacionamento anterior com o teatro e com a narrativa, em geral. Sem contar a própria experiência do Junior com a linguagem cinematográfica.

Acho que o grande diferencial veio, por fim, da formação como artista plástico do diretor. O fato de ele ser também animador e de compreender de uma forma singular a experiência plástica, acabou apontando caminhos e escolhas que  não foram desenhados por mim, mas que abracei inteiramente.

Inclusive porque, neste processo, recuei a uma posição de intérprete, acumulada, por óbvio, com algumas funções de direção de produção. Mas a estética do projeto é do Junior, o corte final do roteiro, a direção e a edição ─ discutíamos tudo sempre a partir do seu ponto de vista. E era esse o objetivo, somar o meu processo criativo ao de outros artistas para que se chegasse a uma resultante onde nossas individualidades estivessem plenamente representadas e a gente se sentisse igualmente presente no coletivo da obra.

A relação entre Junior (direção) e Serginho (fotografia) foi a melhor possível, não só como pessoas, mas igualmente pelo diálogo artístico entre ambos. Não foram poucas as vezes em que o diretor abriu o seu storyboard para as contribuições do fotógrafo e sua interpretação do roteiro. Enquadramento, posicionamento de câmera, luz, tudo eu ouvi os dois discutindo e consertando nas diferentes e múltiplas locações. Essa química foi responsável por grande parte dos resultados.

Uma outra coisa que somou muito foi a oficina de roteiro que realizamos. Ela nos proporcionou um espaço de discussão interessante e alguns encontros também notáveis, inclusive o roteiro do nosso clipe seguinte. Leia mais >

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