Abrigo

Abrigo (2001). Foi um ano duro, este. Em abril, perdi mamãe. Em dezembro, às vésperas do Natal,  Wilson Esteves [1961-2001], amigo amado que fiz nos tempos de administrador de teatro, no coração das trevas da Baixada Fluminense, território inóspito onde colhi boas amizades, entre elas, Will.

O samba saiu, doído e inteiro, na volta do enterro, reflete a morte, no momento do disco em que é apresentado, como uma dessas vivências incontornáveis com que temos de nos deparar, mas o fato é que o velho e bom Will, de tantas prosas e porres homéricos, foi meio cedo demais da conta, puxa vida.

É um samba mortuário. E para meu desconsolo, antes que o disco ficasse pronto, ainda perco o Marcio Klein [1969-2013], que é o contrabaixista da parte rápida. Algo que ainda não realizei a contento. Esse disco é dedicado a ele.

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