Amis de chambre

Amis de chambre (1989) eu fiz para minha mulher nos tempos em que éramos exatamente o que diz o título (dado por uma amiga dela ao comentar o nosso romance), fase que, é preciso dizer, embora breve, foi das melhores e gerou ainda outras canções que lhe foram dedicadas... algumas dessas, bem boas, perdi, lamentavelmente...

É outra daquelas canções que um pianista conhecido meu definiu como “com cara de blues”, delicado como sempre se é no Brasil (com os amigos) para expressar a opinião de que algo não é exatamente o que o sujeito gostaria que fosse.

Realmente. Gostaria que Amis fosse a minha Summertime na interpretação dilacerada de Janes Joplin [1943-1970], essa era a ideia ao compô-la, homenagear a versão da Janis para a linda canção do Ghershwin [1898-1937], daí os vocalizes rasgados do refrão da primeira versão que gravei com Jozi Lucka para o álbum Flores da serra (2011).

Depois, minha amiga Angela Juliani (intérprete do videoclipe No amor) e a cantora Rosa Maria Collins, implicaram com o verso “sem trapo eu não trepo prego”... pareceu-lhes, segundo compreendi, um tanto cru, quiçá cruel pelas imagens que suscita; o reclamo de ambas fez sentido para mim e eu resolvi experimentar uma versão mais amena, neurolinguisticamente falando, nesses tempos cheios de restrições a tudo e todos.

Daí, arrumei um problema com a patroa... vá saber!... Todavia, creio que a variação soma (é persuadir a dona encrenca desse pormenor!...)

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