E para completar as muitas surpresas dessa regravação, ainda aconteceu a seguinte coincidência. Em janeiro de 2012, na pré-produção da coletânea Rouxinol (em homenagem aos 50 anos da bossa nova), cujas gravações retomo em seguida ao lançamento desse disco, Marcelinho Martins me apresentou o trabalho de uma cantora da gravadora do Roberto Menescal, lançada inicialmente com muito sucesso no Japão, que fazia um trabalho interessante relendo hits do pop com uma pegada bossanovista.
No início de 2013, então, pedi uma dica ao amigo Diogo Rebel, arranjador e pianista, de uma intérprete com perfil adequado para encarar a dramaticidade de O canto da sereia e ele me sugeriu, sem titubear, Marcela Mangabeira. A própria que ouvira como um tarado nos descansos daquela pré-produção. Exultei.
Ela gentilmente aceitou o meu convite e foi a coisa mais bonita de se ver essa moça, afinadíssima, gravando no Drum, nas Laranjeiras. Uma pessoa simplérrima, tranquilaça, com uma interpretação sensível e emocionada que, confesso, me surpreendeu, muito em função daquele trabalho, digamos, mais cool com as versões bossanovistas de hits internacionais.
Bela e grata surpresa...