Apesar de ter limado o meu violão de O canto da sereia, o fato é que não vivo sem violão, instrumento que tanto amo, embora nunca o tenha aprendido a tocar suficientemente. Digo sem rancor, ainda que frustrado.
E o capítulo do violão, nesse disco, também é sensacional.
Giovanni Bizzotto comparece com aquele rigor que lhe é característico e nos encanta a todos que trabalhamos com ele. É um interlocutor de respeito, com uma estética muito limpa e apurada, com quem me alegro de ter tido boas oportunidades de conversar e discutir alternativas musicais. Temos uma história muito rica e complexa que faz da nossa amizade um momento ímpar para mim.
Caio Marcio dos Santos está presente em Coast to coast como executante virtuosodessa obra-prima que é o arranjo de base de Mauro Montezuma, parceiro que não encontro (senão no Face!) há mais de uma década.
Flor de outono, Noites sem fim e Poeira fina (esta última com arranjo de violão de Paulo Newton Ennes) completam a participação desse excepcional violonista – o maior de sua geração, nas palavras de Yamandu Costa – que já grava comigo desde 2006.
Para o violão sincopado, nervoso e triste de Abrigo, convidei Ney Velloso, que é um craque do samba com quem caminho sempre junto e por qualquer gênero. Somos irmãos.