Entre 2006 e 2010 produzi faixas nas mais diferentes direções, oscilando entre a world music de cor local e as vertentes da música brasileira por onde navego.
Chegou um momento em que uma coletânea começou a se desenhar a partir de um repertório de baladas pop e um ou outro tema de canção brasileira. Senti que tinha um disco nas mãos que expressava a minha diversidade, mas que podia dar a entender ao público que eu era um compositor voltado ao universo pop, o que corresponde apenas em parte à realidade.
Daí, peguei duas canções recentes e outra, mais antiga, porém, na mesma linha, e acrescentei a esse repertório com o objetivo de estabelecer um equilíbrio entre os extremos de minha bipolaridade: o samba e o pop. O samba naquele sentido amplo que o aplicava Tom Jobim. E o pop em sua acepção mesma de world music.
Flores da serra, assim, é um álbum autoral de corte pop com alguns recortes, desvios e incursões pela sonoridade brasileira. Com letras de certo apelo poético.
Ah? E no seu lançamento (2011) teve show de voz, violão, percussão... E poesia.