nado para fora do teu caos tu não o crês é um nado de nada, mínimo um sopro ínfimo na lufada como a razão que nasce tenra e frágil em face da terra arrasada meu nome é recomeço pode me chamar de tudo de novo nado para fora do teu nada do meu desamparo, nasce a gota da gota, a sede das águas o que almejo está além deste pescoço estrangulado e essa fome abjeta quero a mim e ter a mim significa esquecer-te, seguir na solidão infinita dos sem-resposta significa, também, estar contigo e, assim, permanecer só avaro de encantamentotu não o crês, tamanho escravo da paixão me tomas porém, hoje eu sei, amar-me é possível desarmar-me também amar-me é um gesto pequeno de carícia inefável ao espírito tu me enredas e engolfas como tsunamis que me calam e afogam e eu calo e afogo em tua vaga porém, não te iludas não só meu pênis cresce com o desejo também meu sentimento cada vez mais cobiço mulheres capazes de verdadeira amizade por homens cada vez mais mulheres amigas do gozo da aventura do pensamento para fora de teu caos, então, eu tento a braçada definitiva, o passo faltante vou, diminuto, pouco, insignificante somo dia a dia os tijolos de força que me edificam, serei a morada de minhalma em algum momento proximamente futuro livre de teu vento e vulcão e muro imune à morte que semeias com mãos secas e à tua confusão imensa pouco mais e vais por terra e eu me vou para fora de teus braços para longe de teus medos, dedos e regaço pouco mais e chego ao aconchego de mim donde ressurgir, aceso como a luz que atravessa a escuridão da cela e ilumina, quieta, o coração do preso
nado para fora de teus braços - é inconteste mas, enquanto não saio... dá-me cá um abraço, peste!