o nosso amor, enclausurado em nós mesmos asfixia, irrespirável, em seu tormento que é em si deter os sons da alegria enquanto vive, assim, privado de bons ventos
amor recluso à oclusão de hospedarias de todo inóspitas à nossa humanidade ali, fechados, enfeixamos fantasias que nos sufocam os sonhos de felicidade
faremos bem se recusarmos esta trilha que ao nosso amor conduz em franco descaminho não seja, então, o gozo a nossa estrela-guia
e nem o êxtase a ponta da forquilha nem seja o corpo a morada do carinho sejamos, pois, pra sempre, os hóspedes da utopia