Hóspedes da utopia
o nosso amor, enclausurado em nós mesmos
asfixia, irrespirável, em seu tormento
que é em si deter os sons da alegria
enquanto vive, assim, privado de bons ventos

amor recluso à oclusão de hospedarias
de todo inóspitas à nossa humanidade
ali, fechados, enfeixamos fantasias
que nos sufocam os sonhos de felicidade

faremos bem se recusarmos esta trilha
que ao nosso amor conduz em franco descaminho
não seja, então, o gozo a nossa estrela-guia

e nem o êxtase a ponta da forquilha
nem seja o corpo a morada do carinho
sejamos, pois, pra sempre, os hóspedes da utopia

< Voltar

2024 © CIA DO AR. AÇÕES EM CULTURA  |   DESENVOLVIDO POR CRIWEB  |   POLÍTICA DE PRIVACIDADE