O amor indiferente
Nosso amor é cada vez mais evidente
Aos olhos mesmo, surpresos, de nós dois
Ora parecemos ser indiferentes
Ora indiferentes nos tornamos, pois
Quanto sofremos, resistindo ao chamado
Inelutável, da voz do coração
Consumidos, um e outro, separados
A repudiar o amor — não! não! E não...
Até, por fim, quedarmos ambos, vencidos
Entregues ao sentimento que ilumina
Desde o âmago, o ânimo, a alegria
Tal modo temo por descobrir, um dia
Que me amavas, já nos tempos de menina
E eu a ti, com meu coração partido