Tê-la em meus braços, bruta
Eivada de outra paixão
Foi ferir o coração
Com dor aguda
O ciúme é uma imaginação que não se escuda
À sombra do silêncio
E nos faz sofrer da dor meticulosa da inocência
Diante do fato consumado
Minha imaginação quase enlouquece, por um fio
Agora, é ele que chamas amore mio
Outro que não eu a incendeia
Outro que não eu a galanteia
Outro que não eu e meus sentidos
É agora por ti chamado de querido
Juras de amor outrora minhas
Vicejam então em outra vinha
E mesmo que me entregues o corpo
Já não me podes dar o que pertence a outro
Retiro-me, olvidado
Busco um idioma alternativo
[para abafar a dor do amor perdido
Teus olhos, sem o brilho de antes
Revelam-me o adeus de ex-amantes
E eu, entre atarantado e elegante
Retiro-me para meu próprio lenitivo
Altivo, reluto com meu luto
Resisto, renitente e hesitante
Em aceitar que o amor morreu por seus motivos
Não agora
Mas, antes