Anima
(à minha mulher)
Não é teu corpo que me importa
E sim tua ânima, a mulher
Que pelo céu de meu corpo transporta-se
Ao âmago de nosso querer
É a ti que amo e a ti quero, inteira
Amazona, matriarca, guerreira
Ao lado meu, pronta para ter comigo
Um amor sensual, amante, amigo
Nossos corpos, querida, pouco importam
Se nosso amor aos céus nos transportam
Onde o que somos para sempre exprime-se
Rasgo tuas vestes, tua carne, teus ossos
E se, então, não encontro as razões do remorso
No ventre de tua alma meu gozo vive