Estátua de sal
Páre!
Não suporto mais
A tua boca aflita
A desviar meus lábios
Com o trago de um cigarro
Assim, tu me engoles
Devoras
Sem um toque
Nenhum sarro
Páre!
Imploro!
Esquece os olhos
Em que te viste tatuada
Foi miragem
Imagem perdida
No interior da toada
O som crespo
Que em minhalma
Repete o teu cabelo
Bando de anus em revoada
Piedade!
Vai! Sem ver a estátua de sal
Em que resulto na calçada
À tua passagem
Esquece que sou eu
E segue com meu amor
Por tuas quebradas...