Dejá-vu
O tempo vai levando para longe
Aqueles lindos dias que vivi
Seus olhos já se perdem no horizonte
Perdidos como os meus em dejá-vu
Resisto a sepultar sua lembrança
Memória moribunda em céu aberto
Você já no futuro mais incerto
E eu cultor de tolas esperanças
O tempo vai toldando lentamente
A réstia de presença, as pegadas
Os rastos que dos fatos vão ausentes
Indicam que ao presente resta o nada
Ao morto resta muito simplesmente
Perder-se de sentido ao fim da estrada