Miranda mirando a bela
Sempre temi as belas
Tanto tê-las como amá-las
Ciúme por suas fraquezas?
Também! Mais medo de adorá-las
Medo de andar de quatro
E o ridículo de vigiá-las
Querê-las presas em retrato
Aprisionadas em luminárias
Sempre evitei as belas
Mas não deixei de desejá-las
Ainda que me fossem cegas
E eu me fingisse circunspecto
No fundo, sempre as quis por perto
Já sou feliz só por mirá-las