Calmaria
Tenho o mar em meu coração, agora
Nos olhos, a tempestade
Calcinados ao sal de lágrimas
Um espinho cravado ao peito
Para não esquecer, por um só segundo
Que vivo só, sem você
Tudo que tenho é ausência
Tudo que sou, lembrança
Um amor filial e puro
Sem esperanças
De súbito, o mar se agita e agiganta
Vem em ondas, à garganta
O peito regurgita
E a tempestade desaba sobre as faces
Depois, nunca vem a bonança
A calmaria é uma dor parada...