Víboras bondosas
Minhas pobres palavras,
Súplicas nervosas,
São, em essência, ansiosas frequências
A vibrar, como víboras bondosas,
Na direção de teu silêncio
Contemplam o infinito
Tal e como contemplavas o céu e a lua
Nuas, vestem-se de luminescências
Vertem estrelas para a alma tua
Onde quer que estejas,
Recebas em ondas de afeto
Todo o meu amor, em pensamento
De que és o objeto iluminado
E que minhas pobres palavras
Toquem o véu do teu sentimento
Pois que estamos, para sempre, interligados
(Aliás, como sempre estivemos)