O amor está na inocência,
(Não na ingenuidade ou na distração...)
Quanto mais puros
Diante dos apelos oblíquos do mundo
Maiores as chances de o amor florescer em nós
O jardim multicor de sua diversidade
O desafio está em cultivar a inocência, a ternura, a doçura
E, ainda assim,
Responder com firmeza resoluta
Aos convites muitos
Para que deixemos de lado
A essência do que, se não o somos
Podemos ser, por decidida escolha
Na plenitude possível de nós mesmos
De nossos melhores e pequenos sonhos de convívio
Virados em realidade
Anseios simplesmente realizados
Sem esforço outro
Senão a autenticidade mais espontânea
Educada por uma compreensão da vida
Como o delicado jardim de toda criatura criadora
A inocência é a chave do amor
Que destranca por dentro todas as portas
Abre em par toda janela
E areja, com a brisa arquejante
Os muitos mundos possíveis
Que estão sempre lá,
No horizonte...
A qualquer tempo
A qualquer hora
Podemos recuperar o sentido primevo
Da inocência
E revivê-la em nós
Por nós
Pela nossa convivência