23 de fevereiro de 2024 às 00:00
Na curvatura do zênite
Quero ser novo
Ando agora sem palavras
O homem que reinvento
Na curvatura do zênite
Nasce do fundo de minha alegria
E vem mudo de explicações para o outro
Quer apenas um abraço
Um beijo tão somente
Apenas?!
Tão somente?!
Este é o homem mais ambicioso
E conquistador que poderia inventar em mim
O que sonha a simplicidade
Roçar o ombro no afago alheio
E dar-se sem medida
Nem pedidos de recompensa
Este o homem saído das trevas
[de meu próprio abandono
O que salta o muro do isolamento
Já não tenho opiniões
Já não faço julgamentos
Limito-me ao afeto que busco em toda criatura
Logo terei partido
Logo estarei esquecido
Mas, do amor que houver compartido
Este perpetuará o sopro efêmero de meus beijos
O calor de meus abraços
É tudo que realmente posso
É o que agora faço