12 de abril de 2024 às 00:00
Garrafada

o poeta
palmilha
sua caminhada
não por apreço
excessivo
à própria pegada
apenas que paga
o preço
de assim estar vivo:
a braços
com sua ilha
e o mar sonhado
de sua chegada
vasculha o próprio
umbigo
em busca do amigo
imaginário
de sua utopia
sem destino
nem morada
o poeta
desce aos intestinos
enquanto sobe por seu sangue
a garrafada


 

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