13 de abril de 2024 às 00:00
A tábua dos defeitos
Os filhos são juizes implacáveis
Brandindo ao ar a tábua dos defeitos
Duros condenadores condenáveis
Punem seus pais sem direito ao direito

Relevem, ó, amados pesadelos!
Os sonhos que frustramos com a carne
Que escute a vida, em vão, os seus apelos
E a nós, de sua tirania guarde

Hoje, entendo o sorriso endiabrado
Que ilumina o semblante dos avós
À luz do que mais seja a vida vã

É a sóbria vingança do apenado
Diante do que agora somos nós
Aos olhos do estulto réu de amanhã

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