27 de junho de 2024 às 00:00
Anima

(à minha mulher)

 

Não é teu corpo que me importa
E sim tua ânima, a mulher
Que pelo céu de meu corpo transporta-se
Ao âmago de nosso querer

É a ti que amo e a ti quero, inteira
Amazona, matriarca, guerreira
Ao lado meu, pronta para ter comigo
Um amor sensual, amante, amigo
Nossos corpos, querida, pouco importam
Se nosso amor aos céus nos transportam
Onde o que somos para sempre exprime-se

Rasgo tuas vestes, tua carne, teus ossos
E se, então, não encontro as razões do remorso
No ventre de tua alma meu gozo vive

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