15 de setembro de 2024 às 00:00
No abismo de teus braços
Saltei no abismo de teus braços
Desmioladamente como em tudo que faço
E ali - o esperado - não te encontrei
Já tinhas voado ao encontro de outro
E outro... e outro... e outro...
Uma corrente de ar - imprevista -
                 [alça meu corpo ao espaço
Adiante e acima de tudo que passo
Acima de minha sina e as próprias vistas
De súbito, flanei, flanei mais alto
E alto... e alto... e alto...
O que sentia, já de todo te excedia
E era capaz de me acolher
E recolher do ar
Onde amei e flanei desamparado de teu olhar
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