26 de setembro de 2024 às 00:00
Soneto do amor que se acabou
minha ilusão foi crer que havia uma ponte
das ilhas da paixão às terras da amizade
nem mesmo água havia ao vau estéril onde
eu afundei os pés - no charco da saudade
nem toda hesitação em busca da verdade
me pode distrair do fato consumado:
nunca fui teu amor - nem com toda vontade
mas amei - como amei! - mesmo sem ser amado
por mais que eu tentasse o véu de mil disfarces
sentia escapulir, cruel, de mim - medonho!
o beijo encomendado e dado em desespero
por já sentiste ausente e fria - ao rés da face
mas, fosse como fosse o preço do meu sonho
de novo eu tornaria a me iludir inteiro
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