31 de outubro de 2024 às 00:00
Alto amor


Com meu coração eu turro por não saber amar
Do modo mais sabido e absurdo
Que é o amor como você me dá
Brigo comigo, comigo eu brigo
Repetidas vezes a mim repito
Amor como o seu não há
Mas, não consigo e digo que não consigo
Estar à altura do alto amor que você me dá
Errante, errático, erradio
Vou como lunático, no estio
Os pés nas poças de depois da chuva
Sujo-me na lama dos mortais
Onde abundam desejos e equívocos
Que sustentam ilusões banais
Brigo comigo, comigo eu brigo
Repetidas vezes a mim repito, e não ouço
Soubesse estar em seu repouso
Seria por certo um homem mais bonito
 

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