10 de novembro de 2024 às 00:00
Miranda velho

saudade de ti, meu velho!
te amei com o coração de um homem
como a homem algum logrei amar nem tanto pude
assino para além de teu próprio nome
o nome mesmo de tua maior virtude:
mirar, mirando sempre tanto a vida como a morte
sem distingui-las no altar da finitude
tu me ensinaste a compreender, além da sorte,
a lei suprema que nos rege face ao que nos desilude
mirado, assim, o mundo, pelos olhos de tua crença
vive em mim, para sempre, a tua máxima:
que brinque a alma nesta vida a sua graça
e viva... enquanto viva for a sua incompletude

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