O beijo no asfalto e no aeroporto

Ao desembarcar no Ezeiza, tive de cruzar do terminal 2 para o 1 em busca das nossas malas e o fiz em companhia de um simpático funcionário da TAM que me proporcionou a primeiríssima impressão de mi Buenos Aires querida. Por duas vezes ao longo do trajeto, ao cruzar com conhecidos seus, ele os cumprimentou com um beijo na face, dado mesmo de passagem, sem parar, apenas como uma forma típica de tratamento.

O mesmo se repetiu na autopista em direção ao centro. Um homem inadvertidamente cruzou as pistas, sempre correndo, saltou a mureta em direção ao acostamento e cumprimentou de igual modo um caminhoneiro que o aguardava de pé do lado de fora do veículo. Dois homens de aparência ríspida, um de barbas longas e o outro de barba por fazer, troncos avantajados à mostra para além de suas camisetas em dia quente, e aquela delicadeza de um único beijo na face. Que fofo, diria Carolina, minha filha, se tivesse observado a cena...

Cena que, aliás, testemunhei em diferentes encontros masculinos por aqueles dois dias, ao longo das calles. É sempre bom ver as pessoas se tratando com carinho.


2024 © CIA DO AR. AÇÕES EM CULTURA  |   DESENVOLVIDO POR CRIWEB  |   POLÍTICA DE PRIVACIDADE