Música brasileira

Ouvi muita música brasileira como ruído quotidiano nesses dois dias de passeio, o que é um excelente sinal de difusão porque não demanda situações especiais (shows, datas comemorativas, eventos etc.), simplesmente as rádios programam nosso cancioneiro por lá ou alguém bota pra tocar um disco nosso. Experimentei algo de um norte-americano em Buenos Aires, no sentido de chegar em outra terra e encontrar sinais evidentes da sua própria cultura. Isso é estranho, também acolhedor, mas me deu uma certa medida do que os sul-americanos chamam ou chamavam antigamente de imperialismo brasileño. Enfim... No hotel rolava um persistente Tom Jobim na portaria, em várias ocasiões em que por lá cruzei. A música brasileira no exterior, como disse Marcelo Castello Branco, homem da indústria fonográfica, ainda é a bossa nova e, creio, em especial, o Tom.

No La Bisteca, restaurante em Puerto Madero, enquanto almoçávamos, rolava Samba de Verão, do Marcos Valle, bossa nova da segunda geração que é a cara do maestro (é ou não é?), tanto assim que minha filha a confundiu com Wave.

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